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Orquestra Sinfônica, Coral Lírico de Minas Gerais e solistas convidados interpretam 9ª Sinfonia de Beethoven no Concerto de Abertura de Temporada
A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais iniciam a programação de concertos da Fundação Clóvis Salgado em 2017, com uma das obras mais famosas do repertório sinfônico: a 9ª Sinfonia, de Beethoven, que encanta a todos pela beleza e potência, sob a regência de Silvio Viegas, maestro titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Participam ainda do concerto os solistas convidados: Camila Titinger (soprano), paulistana de reconhecimento internacional; Deborah Burgarelli (mezzosoprano), vencedora do V Concurso Jovens Solistas da OSMG, na modalidade canto, realizado em 2016; Matheus Pompeu (tenor) e Savio Sperandio (baixo).
Foram necessários sete anos para que Beethoven conseguisse terminar a sua 9ª e última Sinfonia completa. Encomendada em 1817, a obra foi escrita quando o compositor já estava completamente surdo. Hoje reconhecida como uma das mais belas composições do mundo, a 9ª representou uma transformação na música Sinfônica ao inserir um coro. No quarto movimento, Beethoven adicionou um trecho cantado, o poema Ode à Alegria, de Friedrich von Schiller. A obra é ainda considerada uma das primeiras composições do período Romântico. “Beethoven sempre abriu novos horizontes. Ele foi responsável pela transição entre o período clássico e o romântico. Costumamos dizer que a sinfonia teve início com Haydn e alcançou a maturidade com Beethoven”, completa Viegas.
Composta com Beethoven já surdo e após ter passado por várias adversidades, a 9ª Sinfonia reflete um momento de aceitação do autor, que foi capaz de inspirar uma mensagem de paz e fraternidade. “Beethoven adorava conversar e conviver com as pessoas. A surdez fez com que ele se afastasse delas, momento de muita incerteza e provações que ele se impôs e que o mundo impôs a ele. Quando ele conclui a 9ª Sinfonia, a surdez é inevitável. E ele era um filosofo, engajado humanitária e humanamente. Quando recorre às palavras de Schiller, é porque acredita nelas”, completa o maestro.
O quarto movimento da 9ª Sinfonia é o mais famoso, entretanto, o maestro chama a atenção para a riqueza de toda a composição. “O texto tem uma força muito grande, porque a música muitas vezes parece abstrata, mas a composição é muito mais do que isso. Existem ali muitos outros sentimentos, momentos de tensão e de lirismo, por exemplo. O quarto movimento faz a recapitulação de tudo que foi dito anteriormente, musicalmente”, destaca.
CORPOS ARTÍSTICOS
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é uma das mais ativas orquestras do país, tendo sido declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em constante aprimoramento, cumpre o papel de difusora da música erudita a partir da diversidade de atuação: óperas, concertos e apresentações na capital e interior do Estado. Além dos Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, merece destaque o reconhecido programa Sinfônica Pop, que convida artistas da música popular brasileira para se apresentarem com a orquestra. Seu atual regente titular é o maestro Silvio Viegas, que foi antecedido por nomes como os de Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.
Silvio Viegas – Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, é professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005; maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e diretor artístico interino do mesmo teatro de 2011 a 2012. Desde o início de sua carreira, tem se destacado pela atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Don Pasquale, Così fan Tutte, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, Carmen, Cavalleria Rusticana, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Il Trovatore, Nabucco, Otello, Falstaff, Salome, La Bohème e Tosca. Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Filarmônica de Montevidéu e Sinfônica do Sodre (Uruguai), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro-SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras. Em 2001, obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional “Jovens Regentes”, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira, no Rio de Janeiro. Natural de Belo Horizonte, Silvio Viegas estudou regência na Itália e é mestre em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo de Oiliam Lanna, Sérgio Magnani e Roberto Duarte.
Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além das temporadas de ópera da Fundação Clóvis Salgado, participa das Séries Lírico ao Meio-Dia, Lírico em Concerto e Lírico Sacro. Em sua trajetória, o Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade. Atualmente, sua regente titular é a maestrina Lara Tanaka.
Lara Tanaka – Nascida em Belo Horizonte, estudou piano no Conservatório Mineiro de Música e Regência na Escola de Música, instituições da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estudou com Sérgio Magnani, Roberto Tibiriçá, Silvio Viegas, Cláudio Ribeiro, Flavio Florence, Iara Fricke Matte, Per Brevig, Mogens Dahl e Nelson Niremberg. Atua como cravista continuísta em diversas orquestras e grupos de música antiga. Lecionou no Festival de Inverno da UFMG, no Festival Nacional de Música de Câmara na Paraíba e na Oficina de Música de Curitiba. Foi regente titular do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes de 2001 a 2015. É regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais.
SOLISTAS CONVIDADOS
Camila Titinger (soprano) - Graduada em Canto Lírico no Instituto de Artes da UNESP e formada no curso Opera Studio com direção de Mauro Wrona. Estuda canto com a Dra. Martha Herr e seu tutor é o Maestro André dos Santos. Conquistou o 1º lugar no 14º Festival Brasileiro de Canto Lírico no Maranhão. Foi a única brasileira selecionada para participar do concurso internacional de canto lírico Neue Stimmen Singing Competition 2013. Foi premiada como vencedora do 1º grande prêmio feminino no 13º Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Em 2014 estreou no Theatro São Pedro interpretando Contessa de Almaviva em “As Bodas de Fígaro”, com direção musical e regência de Luiz Fernando Malheiro e direção cênica de Lívia Sabag. Em 2015 estreou no Theatro Municipal de São Paulo, interpretando a personagem Núria, em Ainadamar, com direção musical e regência de Rodolfo Fisher e direção cênica de Caetano Vilela e estreou no XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz, interpretando a personagem Leïla, em “Os Pescadores de Pérolas”, com direção musical e regência de Miguel Campos Neto e direção cênica de Fernando Meirelles.
Deborah Burgarelli (mezzosoprano) - Mineira de Belo Horizonte, a mezzosoprano Deborah Burgarelli iniciou seus estudos com a Professora Aline Araújo e o maestro Lukas D’oro. Cursa Bacharelado em Música com habilitação em Canto, sob a orientação dos Professores Petrônio Duarte e Sergio Anders, na Universidade do Estado de Minas Gerais. Foi integrante do Coral Lírico de Minas Gerais entre 2014 e 2015. Atuou como solista nas obras: Requiem de Mozart, Fantasia Coral, de Beethoven, Oratório Noël, de Camille Saint-Saëns, e nas Óperas: L’incoronazione di Poppea, como Ottavia; Dido e Enéias, como Dido e Albert Herring, como Florence Pike. Atualmente, é orientada pelo Professor Eduardo Abumrad e integra a Academia de Ópera do Theatro São Pedro (SP), sob a coordenação do Maestro André dos Santos.
Savio Sperandio (baixo) - Apresenta-se em óperas nos principais teatros brasileiros em papéis de Il Trovatore, La Forza del Destino, Macbeth, Sanson et Dalila, La Nozze di Figaro, Aida, Die Zauberflöte, Falstaff, Don Carlo, Colombo, Romeo et Juliette, Orfeo, Don Giovanni, Gianni Schichi, La Bohème, Lucia di Lammermoor, Lo Schiavo, Les Truyen, Vec Makroulos, Joanna de Flanders, Rigoletto, L’Elisir d’Amore, Il Barbiere di Siviglia e The Rake’s Progress. Interpretou o Barbeiro de Seviglia (Bartolo) na Argentina, Itália e Espanha. Cantou L’Italiana in Algeri (Mustafá) na Alemanha, Il Viaggio a Reims (Don Profondo) no Rossini Opera Festival de Pesaro e Una Cosa Rara (Lisargo) no Palau de Les Arts Reina Sofía em Valencia. Participou das montagens de The Rake’s Progress (Nick Shadow) no Teatro Municipal de São Paulo, Nabucco (Teatro Municipal do Rio de Janeiro) e Romeu e Julieta e O Guarani no Grande Teatro do Palácio das Artes (MG). Recentemente, atuou na ópera Ernani no Teatro Avenida, de Buenos Aires
Matheus Pompeu (tenor) - Obteve grande destaque em 2015 na quinta edição do Concorso Internazionale Marcello Giordani (Sicília - Itália), vencendo o prêmio especial "Salvatore Licitra" e o prêmio "Vero Beach Opera". No mesmo ano, foi premiado como melhor voz masculina no VIII Concurso Carlos Gomes (Campinas). Iniciou seus estudos em 2008 com Mauro Chantal, em Belo Horizonte. Trabalhou em produções de ópera e concertos com grandes maestros brasileiros como Silvio Viegas, Luiz Fernando Malheiro, John Neschling, Luís Gustavo Petri, Victor Hugo Toro, entre outros. É membro do Opera Studio Theatro Municipal de São Paulo, com direção do maestro Gabriel Rhein-Schirato, onde participou de aulas e cursos de alto aperfeiçoamento com Gregory Kunde, Marianne Cornetti, Marcelo Giordani e Marco Gandini. Recebe orientação vocal de Isabel Maresca e trabalha repertório com Rafael Andrade.
Foto: Divulgação
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