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Marco Paulo Rolla promove encontros com o público no último mês da exposição ‘Cama, Mesa e Escada’
Performances ‘Uma canção na vitrola’ e ‘Volumetrias’ discutem o conceito de sociedade e os dilemas do homem no mundo capitalista. Exposição fica em cartaz até 28 de fevereiro
No último mês da exposição “Cama, Mesa e Escada”, no Memorial Minas Gerais Vale, o artista Marco Paulo Rolla apresenta duas performances para novo encontro com o público. Em ‘Uma canção na vitrola’ e ‘Volumetrias’, Rolla reflete o conceito de sociedade e mostra um homem que convive com os dilemas da própria existência e da melancolia do mundo capitalista. As apresentações serão nos dias 20/2, às 15h; e 25/2, às 18h, respectivamente. O público tem até o dia 28/2 para visitar a mostra, que fica distribuída na escadaria, no Cyber Lounge, na Sala Espetáculo Mineiro e nas duas galerias de exposição temporária do museu. O Memorial Minas Gerais Vale fica na Praça da Liberdade, 640 – Funcionários, esquina com Rua Gonçalves Dias.
Em “Uma Canção na Vitrola”, a presença nostálgica de uma vitrola faz com que esse homem “burocrático” trabalhe a sonoridade e experimente sua verdade emocional a partir de sensibilidades que ativem seu corpo e o do público no sentir além da musculatura. Já em “Volumetrias”, a performance usa a estrutura do corpo para refletir o conceito de sociedade através do exercícios de aglomeração, coabitação e rearranjo da relação entre os corpos no espaço arquitetônico e entre eles mesmos.
CAMA, MESA E ESCADA – A exposição reúne projeções, fotografias, objetos e esculturas, além deuma cuidadosa seleção de registros de performances e vídeos exibidos em programas regulares, assim como a recente série de fotografias “Tomografia dos pecados” e os vídeos “Homens de preto”. O trabalho traz obras inéditas e outras já exibidas ocupando diversos espaços do museu.
O cotidiano e suas dimensões passageiras e quase inapreensíveis surgem nas obras que integram a exposição. “Talvez um desejo de estabelecer outras significações possíveis, que possam nos servir como trilhas para, no meio da vida ordinária, perceber novas singularidades, outros traços poéticos além de questões ligadas a experiência estética contemporânea e suas multiplicidades”, reflete o artista.
Marco Paulo Rolla é pintor, desenhista e artista performático natural de São Domingos do Prata, interior do estado, mas com projeção em todo território nacional. Rolla encontra na performance sua melhor forma de expressão artística e é um dos mais respeitados nomes do Brasil na área. Seus trabalhos, que testam os limites do próprio corpo e geralmente misturam música, dança e técnicas teatrais, chamaram a atenção da papisa da arte performática, a sérvia Marina Abramovic. Entre outras habilidades, Marco Paulo Rolla é pianista e instituiu a disciplina de performance na Escola Guignard, onde também pinta, esculpe e produz gravuras que integram acervos importantes, como os de Inhotim e do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Foto: Inácio Ribeiro
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