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Circus completa 3 anos ao som de Nasi

Vocalista do Ira se apresenta com repertório do último CD, além de grandes sucessos

Visualmente ele pode ter sido mais intimidador quando ainda inspirava-se no super-herói Wolverine, mas, musicalmente, Nasi se tornou mais perigoso com o tempo. Com o seu CD "Perigoso", rompeu barreiras entre ritmos como soul, blues, country e rock. Para quem quiser conferir o resultado dessa experiência musical, além de relembrar seus grandes sucessos enquanto vocalista do Ira! , o Circus Rock Bar recebe o artista no dia 21 de fevereiro às 21h, como parte das comemorações de 3 anos da casa. Os ingressos já estão disponíveis no sitewww.centraldoseventos.com.br

 

Além das apresentações com o repertório de seu álbum mais recente, Nasi anunciou para ainda este ano sair em turnê ao lado do antigo companheiro de banda Edgard Scandurra. Sob a alcunha Núcleo Base a dupla realizará duzentos shows por todo o país.

 

Na época do Ira!, conseguia dividir bem as facetas rock e sua paixão pela música negra norte-americana entre a banda e seu trabalho solo com os irmãos do blues. Já em “Perigoso”, a fronteira não existe mais e ele demoliu o que podia parecer, como se refere, o “apartheid” musical. Para tanto, selecionou cinco músicas para regravar e cinco de autoria própria. A soma define um conceito que sentia falta – o de álbum, com lados A e B e tempo de canções e de soma das mesmas condizente. São 40 minutos vigorosos, do primeiro ao último segundo, sem o risco daquela coisa arrastada que muitas vezes o CD trouxe, de ter que preencher quase o dobro dessa minutagem com canções que muitas vezes não mereciam ser registradas.

 

Em “Perigoso” cada uma das 10 cumpre sua função:

 

“Dois Animais na Selva Suja da Rua”, originalmente composta por Taiguara mas gravada por Erasmo Carlos no disco deste preferido de Nasi , “Carlos, Erasmo” (1971), dá o tom na abertura. A voz ardida de assinatura própria do cantor num rock musculoso mas que é salpicado por cordas, teclado e clima setentista. “Esse disco do Erasmo é um que regravaria inteiro”, elogia Nasi.

 

A faixa que batiza o trabalho vem na sequência, e é um country pesadão à Johnny Cash em parceria de Nasi com Johnny Boy. Já “Tudo Bem” é regravação dos Garotas Suecas pegando mais uma vez o espírito do disco – uma música contemporânea de uma banda igualmente mas aqui encharcada de soul e funk.

 

“Ori” é mais uma da parceria Nasi/Johnny Boy e se baseia no conceito yorubano de Ori, a essência real do ser, divindade pessoal de cada ser humano com arranjo roqueiro-estradeiro, em clima Doors.

 

De Renato Barros, vem “Não Há Dinheiro que Pague”. Do mesmo compositor, com o Ira! Já havia gravado “Você Não Serve para Mim”. Mas se à ocasião a pegada era o rock mais “lírico”, como se refere ao som da antiga banda, aqui o wah wah e as linhas de baixo no peito colorem de soul e funk a original.

 

“Não Vejo Mais Nada de Você”, outra de Nasi/Johnny Boy junto com Carlos Careqa é ode a São Paulo em balada de violão. E segundo o vocalista não existe título mais blues do que “Como é que Eu Vou Poder Viver Tão Triste”, de Demetrius, e que na versão tem resposta à altura no gênero com arranjo de metais e piano, além da participação de Igor Prado, renomado guitarrista de blues.

 

O final do trabalho ganha uma pegada mais country, com a participação de Marcelo Gross, guitarrista da Cachorro Grande, em “As Minas do Rei Salomão”, de Raul Seixas, e em “Amuleto”, que fecha o trabalho com climão country-blues-gospel.

 

O disco fecha, o relógio esbarra nos 40 minutos e fica um estranho sabor de expectativa por mais, por um bis, por uma canção bônus escondida. Que não virá. Não pelo prazer de decepcionar, mas pela satisfação de reviver o conceito de um grande álbum, o que “Perigoso” é.

 

Circus Rock Bar:

 

O CIRCUS ROCK BAR, inaugurado em 2011, é inspirado no filme "The Rolling Stones Rock and Roll Circus", de 1968, onde Mick Jagger e companhia fazem uma verdadeira festa do Rock 'n' Roll. Localizado no Bairro de Lourdes e com capacidade para 600 pessoas, recebe em seu picadeiro de quarta a domingo, as melhores bandas do cenário rock da capital. O espaço é dividido em dois andares. O primeiro, onde acontecem as apresentações musicais, cênicas, sinuca, VJ com os melhores clipes de Rock. No mezanino superior, encontra-se o sushi bar e espaço lounge.

 

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