Notícias
Tchanzinho Zona Norte (TZN) – O Tchanzinho vai a Guarapari
Abram alas, que o pessoal do Tchanzinho Zona Norte está chegando com a corda toda!!!
O bloco promete estourar que nem rolha de champanhe, levando alegria, engenho e arte para as dezenas de milhares de pessoas que estão sendo esperadas na na via sonorizada da Av. Andradas, nº3700, onde acontece a concentração, a partir de 08 horas da manhã.
Completando 10 anos, antes de mais nada, o Tchanzinho Zona Norte é um bloco de família. Nasceu há onze anos durante uma conversa dos irmãos Rodrigo Picolé, músico e agitador cultural, também responsável pela direção musical do bloco e Laila Heringer, bióloga, em sua casa no bairro Dona Clara, diante de um café. O momento era de estabelecimento de um novo ciclo do Carnaval de rua de Belo Horizonte, com o surgimento de novos blocos, novos formatos, novas propostas. Laila e Rodrigo sentiam falta de ocupar mais os espaços da Zona Norte da cidade, durante a festa, que tradicionalmente privilegia regiões como a Centro-Sul. Rodrigo, que tem ligação direta com a música e a cultura baianas, propôs que o bloco relesse sucessos do Carnaval de Salvador dos anos 90 e início de 2000, pinçados dos setlists de bandas como É o Tchan!, Gera Samba, Terra Samba, Asa de Águia, Tchakabum e Companhia do Pagode – um repertório popular e de grande poder de comunicação, carinhosamente apelidado de “baixa gastronomia da axé music”.
O TZN, portanto, foi concebido pelo espírito familiar – uma família de grandes talentos, diga-se – e nasceu como uma agremiação de bairro. Tanto é que o Tchanzinho estreou em 2013 com 50 figuras na bateria e um público estimado em 1.000 pessoas, em sua maioria moradores do Dona Clara. Mas família que é família é generosa, acolhedora. Daí foram se achegando amizades e parcerias, e o bloco foi afirmando cada vez mais sua identidade, crescendo sem parar. Em 2020, o bloco cresceu, e o TZN aportou no entorno do Mineirão – já com estrutura grande de orquestra, bateria de 120 componentes, ala de 60 dançarinos, 1 regente geral, 1 regente auxiliar e 8 regentes de naipe e com um público de brincantes que girou em torno de 60 mil pessoas. O bloco, que tem presença de destaque na folia de Belo Horizonte, é hoje a principal referência carnavalesca da Zona Norte. E não para de se multiplicar.
São muitas as famílias do Carnaval. No TZN, marcam presença muitas crianças e idosos, especialmente durante a concentração do bloco. Os componentes da bateria se encaixam, em sua maioria, na faixa dos 30 anos – há ocorrência notável de universitários pós-graduandos. Também não pode faltar a família LGBTQIAP+, sempre fiel, com representantes de várias gerações. Tem gente do Dona Clara. Tem gente de toda a capital mineira. Não é outra a vocação da festa plural, inclusiva e calorosa do Tchanzinho. Sua bateria, que ensaia regularmente, mistura com alegria percussionistas profissionais e amadores. Sua ala de dançarinos – o cativante Balezinho do Tchanzinho, um dos principais emblemas do bloco – não é só referência de exuberância, mas também de diversidade. Para além da folia, o TZN, afinal, não abre mão de um Carnaval responsável, gentil, e desencoraja comportamentos ainda arraigados em outras festas, como o sexismo, a objetificação do corpo feminino, o preconceito e a discriminação por questões de gênero, etnia, sexualidade, religião, faixa etária, neurodivergência e corpos fora do padrão, assim como o descarte irresponsável de lixo nos espaços urbanos. Essa é a família que a gente quer.
Para o Carnaval de 2024, que está aí tinindo e trincando, o TZN traz o tema “Tchanzinho vai a Guarapari”. Vão tratar da questão do aquecimento global, por isso o TZN vai para Guarapari neste Carnaval. Nos refrescar deste calorão!
E não só: é o momento de reconciliação do povo com sua vocação democrática, com um projeto de país mais consistente, com horizontes mais plenos de humanidade.
Serão duas músicas autorais sendo lançadas este ano!!! “Me encontra na Rua” de Thanya Canela e Rua dos Sonhos de Oliverâ, ambos, cantores integrantes do TZN.
E vem mais novidade por aí. Para este ano, além do bom e velho axé, distintivo do TZN que é garantia de requebros febris, a playlist vai contar também com estilos como o piseiro e o pagodão, ao lado de temas de integrantes do Tchanzinho e de blocos amigos. A família agradece. Evoé!
Foto: Divulgação
Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.