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Preocupação com crise climática é maior que preocupação com desenvolvimento econômico

Pesquisa realizada em três localidades distintas do Brasil revela consenso sobre ações urgentes para enfrentamento dos problemas ambientais

A preocupação com o meio ambiente e o futuro do planeta transcende fronteiras, sendo hoje um consenso de norte a sul do país, entre as diferentes etnias brasileiras. Quilombolas, indígenas e moradores de grandes centros urbanos dividem a mesma percepção sobre os problemas ambientais, como mostra pesquisa realizada em três cidades de três regiões brasileiras pelo projeto OUTRAS FLORESTAS, juntamente com o Instituto Ver, no período de 5 de junho a 8 de agosto de 2024.

Com seus biomas distintos e características ecológicas únicas, Belo Horizonte (MG), Marechal Thaumaturgo (AC) e Moreré (BA), locais onde a pesquisa foi feita, vivem uma necessidade comum: a urgente implantação de ações coordenadas para mitigar os danos causados pela crise climática. Dentre os 1.215 entrevistados, a maioria (77%) acredita que a proteção ambiental deve ser priorizada, mesmo que isso resulte em desaceleração econômica e redução de empregos. A pesquisa tem margem de erro de 4,9%.

A maior parte dos entrevistados nestas localidades (também 77%) quer que as leis contra a poluição sejam mais severas. Quase todos (99%) concordam que a poluição é uma ameaça global, e 99% também acreditam que a sociedade, de maneira geral, deve contribuir para reduzi-la. Quarenta por cento avaliam que o governo se preocupa pouco com o meio ambiente.

"Ao analisarmos os dados coletados nestas regiões de atuação do OUTRAS FLORESTAS, vamos perceber que, apesar das diferenças geográficas e culturais, os desafios ambientais enfrentados por essas comunidades permanecem universais, exigindo esforços unificados e contínuos. Precisamos agir já para termos uma vida sustentável", observa Vitor Santana, da ONG Contato.

Neste ano Belo Horizonte, Marechal Thaumaturgo e Moreré ficaram interligadas por meio do projeto OUTRAS FLORESTAS, que vem mudando a realidade desses territórios, com foco na criação de modelos alternativos de desenvolvimento, em que a Cultura e o Meio Ambiente voltam a ser protagonistas. O projeto é organizado pela ONG Contato, sediada em Belo Horizonte, em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

Ações estruturantes estão sendo promovidas nos territórios. Em Marechal Thaumaturgo serão construídos seis açudes de piscicultura, contribuindo com a segurança alimentar da população local; em Cairu (BA), onde fica a Vila de Moreré, será instalada uma planta de reciclagem de vidro, de forma a combater o impacto ambiental do lixo produzido na ilha. Já Belo Horizonte recebe ações de plantio de mudas de árvores em áreas degradadas da cidade.

A pesquisa coordenada pelo Instituto Ver, que ouviu cerca de 1.200 pessoas nas três cidades, aponta que, embora percebam a questão ambiental como prioritária, as ações individuais diferem entre as localidades. BH e Marechal têm baixa participação em ações ambientais, com Moreré liderando em reciclagem e desligamento de aparelhos. A maior preocupação com a destinação do lixo em BH se deve a uma estrutura de coleta de lixo mais organizada.

Todas as ações em torno da preservação ambiental variam em intensidade e comprometimento entre as localidades, mas é evidente que, atualmente, a conscientização sobre os problemas tem sido muito maior, devido aos diversos fenômenos climáticos que vêm ocorrendo. Seja em grandes centros urbanos ou em comunidades rurais, a sustentabilidade deixou de ser uma opção, para se tornar uma questão de urgência.

Sobre a ONG Contato

Sediada em Belo Horizonte, a ONG Contato é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada em 2002, voltada para a realização de projetos e ações que visam à formação e capacitação profissional, geração de conteúdos e articulação em rede. A partir de projetos culturais, busca aproximar e democratizar o acesso a práticas sociais presentes na relação entre cultura e juventude.

Sobre a Fundação BB

Há 40 anos, a Fundação Banco do Brasil busca inspirar cada brasileiro a se tornar um agente de transformação da sociedade. A instituição acredita na força do coletivo para encontrar soluções viáveis na superação dos desafios e promoção do desenvolvimento sustentável, sendo a principal gestora dos projetos socioambientais apoiados por meio do Investimento Social Privado - ISP do BB e de parceiros. Nos últimos 10 anos, foram investidos R$ 2,7 bilhões em 10 mil iniciativas que impactaram positivamente a vida de 6,8 milhões de pessoas de 3.400 municípios.

Foto: Divulgação

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