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Precursora de fotografia de moda em BH expõe no Memorial Vale
“Uma Vida iluminada” apresenta três recortes do trabalho da fotógrafa Ana Valadares, moda, retratos e natureza.
Nos anos 70, a belo-horizontina Ana Valadares iniciava o seu trabalho como fotógrafa profissional de moda, sendo precursora desse segmento na capital mineira. Em 2015, 45 anos depois desse momento, o Memorial Minas Gerais Vale apresenta um recorte do trabalho da fotógrafa, que se enveredou também pelo retrato e pela natureza, na exposição “Uma Vida iluminada”, com curadoria de Tibério França, em cartaz do dia 4 de fevereiro ao dia 3 de maio no Café do Memorial.
A exposição conta com 120 fotografias projetadas em vídeo e 18 impressas, totalizando 138 imagens que retratam personalidades como Adélia Prado, Elke Maravilha, Camilo Paoliello, entre outras, além de fotografias de natureza e ensaios de moda.
Ana Valadares nasceu em Belo Horizonte em 1952. Autoditada, aos 14 anos conheceu um laboratório fotográfico e apaixonou-se pela fotografia. Comprou sua primeira câmera três anos depois e começou a fotografar plantas e flores. Fez alguns cursos em São Paulo e Rio de Janeiro para se aprimorar e passou a se dedicar exclusivamente à moda e publicidade aos 19 anos, tendo especial interesse pelos retratos. Na época, eram poucas as mulheres fotógrafas e o mundo da moda era exclusivamente masculino. Lembra que no começo da carreira sofreu certo tipo de preconceito, afinal, uma jovem mulher competindo com homens era algo muito pouco natural.
“BH sempre foi carente de um parque gráfico expressivo e as raras revistas e jornais dedicavam pouco espaço para a fotografia de moda. Mesmo assim, Ana Valadares teve seu trabalhado publicado em quase todos os veículos de imprensa da capital mineira. No início da década de 1980 conheceu importante produtores e divulgadores da moda na cidade, estabelecendo sólidas parcerias. A presença do grande fotógrafo Gil Prates em sua vida enriqueceu em muito seu trabalho, trazendo luz e alegria para suas imagens, numa bela parceria que perdura até os dias atuais”, conta Tibério França.
Uma característica no trabalho de Ana Valadares é o uso da luz natural, embora tenha fotografado bastante em estúdio. Depois de 45 anos fotografando, a fotógrafa relembra que a paixão pelas baixas luzes começou na infância passada na fazenda da família: “Lá não tinha luz elétrica, só lampiões, lamparinas, lanternas e a luz prateada da lua, além de muitos vagalumes e um céu esplendoroso”.
Ana teve forte influência de Richard Avedon, Helmut Newton, Irving Penn, Cecil Beaton, Horst P. Horst, Robert Doisneau e da inglesa naturalizada brasileira Maureen Bisilliat, cujas publicações se tornaram seus livros de cabeceira. Além disso, produziu diversas capas de livros e discos, atuando no projeto “Brasil dos Ofícios Geraes” e “Arte e Ofício da Marmoraria nos Primórdios de Belo Horizonte”. Integrou exposições nas principais capitais brasileiras e noPremier Salon de Fotografia del Corpo Humano, apresentado na Fototeca de Cuba, em Havana, e ultimamente vem se dedicando à produção de fotolivros autorai
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