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A 17ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes anunciou na noite deste sábado seus grandes vencedores.

Os melhores trabalhos em longas e curtas-metragens foram contemplados com o Troféu Barroco.

17ª Mostra de Cinema de Tiradentes premia o longa mineiro “A Vizinhança do Tigre” e o curta paulista “E”. Cidade de Deus -10 Anos Depois” (RJ), dirigido por Cavi Borges e Luciano Vidigal levou o prêmio do Júri Popular para longas-metragens

O longa “A Vizinhança do Tigre” (MG), de Affonso Uchoa, foi escolhido Melhor Filme pelo Júri da Crítica e levou o Prêmio Itamaraty no valor de R$ 50 mil, além de serviços e materiais cinematográficos dos parceiros da Mostra. O trabalho foi o primeiro a ser exibido na competição da Mostra Aurora, na última semana, e se manteve nas discussões e debates ao longo da Mostra, pela maneira renovadora como retrata o cotidiano de um grupo de amigos num bairro da periferia de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

O mesmo júri decidiu por uma menção honrosa a “Branco Sai Preto Fica” (DF), de Adirley Queirós.

 

Numa dobradinha de coincidências, o Júri Jovem escolheu os mesmos títulos nas mesmas premiações: melhor longa da Aurora para “A Vizinhança do Tigre” e menção honrosa a “Branco Sai Preto Fica”.

 

O diretor Affonso Uchoa agradeceu aos dois prêmios dedicando o troféu à equipe com quem trabalhou, em especial os garotos que protagonizam o filme. “Obrigado por mudarem a minha vida”, disse, no palco.

 

O Júri da Crítica premiou “A Vizinhança do Tigre” devido à “performance dos atores que resulta em uma dramaturgia contundente, pelo risco assumido na realização e pelo alcance de uma forma cinematográfica que propõe fissuras em modelos cristalizados”. Os jurados foram Beatriz Furtado, professora (CE); Milton do Prado, crítico e professor (RS); Rubens Machado Jr, professor e pesquisador (SP); Julio Pessoa, crítico e professor (MG); e Luiz Alberto Rocha Melo, crítico, professor e pesquisador (RJ).

 

Já o Júri Jovem, ao premiar também “A Vizinhança do Tigre”, ressaltou “personagens que colocam suas inscrições na cidade, suas letras em diferentes melodias, seus nomes nas paredes e na história da Mostra de Cinema de Tiradentes”.

 

O prêmio do Júri Popular para longas-metragens ficou com “Cidade de Deus -10 Anos Depois” (RJ), dirigido por Cavi Borges e Luciano Vidigal e exibido no Cine BNDES na Praça.

 

A Mostra Foco de curtas-metragens também foi avaliada pelo Júri da Crítica, que considerou “E” (SP), de Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos o melhor filme desta edição. O Prêmio Canal Brasil, de R$ 15 mil, foi para “Quinze” (MG), de Maurílio Martins. Por sua vez, o Júri Popular elegeu “Diários Daltônicos” (SC), de Patrícia Monegatto, como seu favorito este ano.

 

 

Mostra reúne 35 mil pessoas ao longo de nove dias de evento

 

Nas telas, nas praças e nas ruas, a diversidade deu o tom da programação abrangente e gratuita da 17ª Mostra Tiradentes que reuniu um público estimado em mais de35 mil pessoas durante nove dias do evento. Foram 134 filmes brasileiros exibidos em três espaços da cidade: Cine-Tenda, Cine BNDES Praça, ao ar livre, e o Cine-Teatro Sesi em  54 sessões de cinema. 491 convidados, representantes de vários setores do audiovisual, marcaram presença no evento.

 

A 17ª Mostra Tiradentes se encerra hoje, dia 1º de fevereiro, às 22h30, com o anúncio dos vencedores da Mostra Aurora, Mostra Foco, Melhor Filme pelo Júri Popular e Prêmio Canal Brasil. A temática “Processos audiovisuais de criação”esteve presente na homenagem, nos debates e exibições. 16 Estados brasileiros estiveram representados na programação de longas e curtas-metragens.

 

O Seminário do Cinema Brasileiro promoveu 22 debates. Três deles enfocaram a temática desta edição e reuniu nas mesas diretores como Ricardo Miranda, Cao Guimarães, Cristiano Burlan, Ricardo Pretti, Andrea Tonacci e Luiz Rosemberg Filho que foram recebidos calorosamente pela plateia do Cine-Teatro Sesi e juntos analisaram as transformações ocorridas nos processo criativos e formas de invenção.

 

Dois debates reuniram representantes da Ancine, da Secretaria do Audiovisual e da Cinemateca Brasileira que apresentaram “Perspectivas para o audiovisual brasileiro em 2014” apresentando o escopo das políticas públicas e do mercado. Além disso, o evento proporcionou 15 Encontros com a Crítica, Diretor e Público, analisando filmes da Mostra Aurora, Mostra Transições, Sui Generis e curtas da Mostra Foco. Cumprindo mais uma vez o papel de formação de mão-de-obra para o cinema brasileiro, a Mostra Tiradentes promoveu 11 oficinas direcionadas ao público adulto e infanto-juvenil, oferecidas gratuitamente, com abordagens que variaram da elaboração de roteiros, projetos para cinema e TV até a produção de um curta-metragem documental. 330 alunos foram certificados.

 

Jornalistas e críticos de cinema atentos à vitrine do cinema independente que se tornou a Mostra Tiradentes marcaram presença em mais esta edição. De várias cidades do Brasil compareceram 108 jornalistas credenciados para cobertura do evento, representantes de 61 veículos de comunicação.

 

EVENTO GERA INTEGRAÇÃO, BENEFICIOS E MOVIMENTA ECONONIA LOCAL E DA REGIÃO

 O impacto econômico do evento na cidade pode ser avaliado por alguns números. De Tiradentes, São João Del Rei e Belo Horizonte são contratadas 136 empresas prestadoras de serviços, gerando muitos empregos diretos e indiretos na região. Ao todo, 154 pessoas integraram a equipe de trabalho – entre montadores, agentes de trânsito, limpeza, técnicos, assistentes, produção e coordenação.

 

A cada ano a cidade de Tiradentes reafirma o seu potencial para receber eventos culturais. Nesta edição, 26 pousadas e 14 restaurantes foram parceiros da Mostra na recepção dos convidados e turistas que vieram para o evento.

 

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