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Se cuide no carnaval: MG tem aumento de casos de ISTs entre jovens
Número total de sífilis adquirida pela população de Minas Gerais cresce 74%
Já foi dada a largada no carnaval de Belo Horizonte 2024, que começou no último sábado (27). A expectativa para esta edição é que 5,5 milhões de foliões encham as ruas da capital mineira de cores, diversidade e alegria, até 18 de fevereiro. Durante a folia, é preciso cuidar da saúde e se prevenir contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Atualmente, há uma negligência por parte das pessoas em relação às ISTs, confirmado pelo aumento de 74% do número de sífilis adquirida pela população mineira, comparando 2023 a 2020, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Aumento de casos X Mudança na nomenclatura
Anteriormente conhecida por DST - Doença Sexualmente Transmissível -, a terminologia “IST” passou a ser adotada para destacar a possibilidade de uma pessoa transmitir uma infecção, mesmo estando assintomática. A palavra “doença” pressupõe já alguma manifestação clínica, é o que afirma a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário Ciências Médicas-MG, Dra. Raquel Bandeira. A médica destaca a importância de falar sobre as nomenclaturas e como o assunto das infecções apresenta uma complexidade pouco difundida. “Muitas pessoas não sabem que estão infectadas, pois não apresentam sintomas e, portanto, mantém uma vida sexual ativa. Cerca de 70% dos casos de infecções sexualmente transmissíveis são assintomáticos. É o que explica o aumento de sífilis adquirida, que é a IST mais assintomática e altamente transmissível”, esclarece a especialista.
Como se proteger no carnaval?
De acordo com a Dra. Raquel Bandeira, a prevenção combinada é necessária para a festividade e abrange todos os momentos das relações íntimas. A infectologista detalha as atuações da prevenção combinada.
O diagnóstico: realização de testes com frequência anual.
O tratamento de parceiros com ISTs identificadas.
A PrEP (profilaxia pré-exposição): o consumo de comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV.
PEP (profilaxia pós-exposição): consumo de medicação pós-exposição por 28 dias para prevenção de HIV.
Preservativo.
Vacinas.
De acordo com a médica, métodos que facilitam a maneira de se preservar contra infecções sexualmente transmissíveis não podem banalizar outras formas mais típicas de prevenção. Ela afirma que, atualmente, a PrEP é procurada principalmente pela parte da população que não se protege com preservativo.
Foto: Divulgação
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