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17ª Mostra de Cinema de Tiradentes
Mostra Tiradentes: Tonacci e Rosemberg em debate e exibição
Amanhã, dia 1 de fevereiro, no encerramento da 17ª edição, a Mostra Tiradentes reserva um momento memorável: a sessão de encerramento com os dois trabalhos mais recentes de Luiz Rosemberg Filho e Andrea Tonacci, dois dos mais representativos nomes do cinema de invenção brasileiro. Do primeiro será exibido o curta “Linguagem”; do segundo, o média “Já Visto Jamais Visto”, ambos no Cine-Tenda, a partir das 20h30
Hoje, dia 31, os dois realizadores, com 40 anos de carreira e uma bonita amizade, se reúnem para falar sobre seus processos de trabalho às 15h, no Cine-Teatro Sesi, sob mediação do crítico Francis Vogner dos Reis.
Tonacci e Rosemberg estão na ativa realizando suas obras sob circunstâncias materiais, econômicas e técnicas adversas, a partir das quais fizeram seus filmes, mas que também determinaram a interrupção de muitos de seus projetos. O debate propõe alguns motes: de que modo as interrupções temporárias em suas carreiras afetaram as próprias obras? De que maneira suas obras exprimem a dialética entre a potência e os limites de um trabalho artístico?
O sábado de encerramento também contará com a presença da atriz Leandra Leal. Ela chega a Tiradentes para apresentar dois filmes (que fazem parte de um mesmo projeto cinematográfico): “O Rio Nos Pertence”, dirigido por Ricardo Pretti (às 17h no Cine Tenda) e “O Uivo da Gaita”, de Bruno Safadi (às 18h30 no Cine Tenda).
Curtas e médias também ganham exibição no sábado, no Cine-Teatro Sesi, a partir das 15h, e no Cine-Tenda, no mesmo horário. No Cine BNDES na Praça, às 20h, tem a sessão de “De Menor”, longa dirigido por Caru Alves de Souza. O encerramento da Mostra de Tiradentes, com entrega de prêmios, acontece a partir das 22h30, no Cine-Tenda.
Curtas X Protestos
No fim da manhã de quinta-feira, dia 30, o debate da série 3 da Mostra Foco esquentou as conversas da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Entre perguntas e questionamentos da plateia, o ator Andrew Knoll respondeu a várias intervenções a respeito do curta “Brasil”, produção paranaense de Aly Muritiba, que não pôde estar presente ao evento.
Num determinado momento, um dos participantes da mesa chamou o filme de “oportunista”, no que foi rebatido pelo ator, que quis entender o significado do termo em relação ao trabalho. Pouco depois, o próprio Aly Muritiba entrou ao vivo, por comunicador instantâneo, enviando mensagem aos participantes sobre “Brasil”. “Este filme foi a minha forma de responder aos protestos de junho no Brasil”, revidou.
À tarde, os cineastas Ricardo Pretti, Cao Guimarães e Ricardo Miranda se reuniram no Cine-Teatro Sesi, sob mediação de Pedro Maciel Guimarães, para debater Processos de Criação: da Ideia ao Set de Filmagem. Cada um deles contou, em detalhes, como definem os filmes que desejam fazer, o que os mobiliza e como contornam as limitações inerentes aos projetos independentes. “O cinema é uma arte. O comércio vem depois”, frisou Ricardo Miranda, que exibiu na Mostra seu mais recente trabalho, “Paixão e Virtude”.
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A cidade de Tiradentes, localizada a 180km de BH e com apenas 7 mil habitantes, recebe durante a Mostra Tiradentes toda infra-estrutura necessária para sediar uma programação cultural abrangente e gratuita, que reúne todas as manifestações da arte. São instalados três espaços de exibição: o Cine BNDES na Praça, no Largo das Fôrras (espaço para mais de 1.000 espectadores); o Complexo de Tendas, que sedia a instalação do Cine-Tenda (700 lugares), e oCine-Teatro SESI (platéia de 120 lugares), que funciona no Sesi Tiradentes - Centro Cultural Yves Alves – sede do evento.
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