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Dia da Saudade: despedidas e reencontros são comuns no Terminal Rodoviário de BH
Comemorado no dia 30 de janeiro, o Dia da Saudade traz lembranças e apertos no coração
Durante o mês de dezembro mais de 700 mil pessoas passaram pelo Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip). Entre chegadas e partidas, despedidas e reencontros, uma cena se repetia todos os dias, a todo momento – um abraço apertado e frases como: - Que saudade! Já estou com saudade! Saudade de quem chegava e também de quem estava indo embora.
Com origem no idioma latino, a palavra vem de solitate e é um dos sentimentos mais comuns entre os seres humanos. Para homenagear esse sentimento tão brasileiro, neste 30 de janeiro é lembrado o Dia da Saudade e um dos principais motivos que trazem à tona essa sensação entre os brasileiros é a distância de familiares, amigos e namorados.
“Deus te abençoe, meu filho. Que saudade”! Foram com essas palavras que a aposentada Isabel de Souza recebeu seu filho no último dia 22 de dezembro. A emocionante cena, daquele abraço apertado, aconteceu no saguão do Tergip. Matheus de Souza é estudante de turismo, na cidade de Diamantina, e veio passar as festas de fim de ano com a família. Com os olhos lacrimejados, a mãe conta como é bom ver o filho de volta em casa. “Toda vez que ele vem aqui para casa é essa alegria quando ele chega. É tanta saudade que até dói. Sinto muito a falta dele todos os dias e sempre que tem um feriado fico na expectativa de revê-lo”, disse.
O estudante foi aprovado na Universidade Federal de Diamantina, em 2019, e, desde então, mora na cidade, em que divide a casa com amigos. “Esse é meu segundo curso superior. Sou formado em educação física, mas sempre quis fazer turismo. Quando passei em uma Universidade Federal vi que não podia deixar escapar a oportunidade”, conta. “Na pandemia, voltei para a casa da minha mãe porque as aulas foram suspensas, mas em 2022, retornei às aulas presenciais. Não é fácil ir para uma cidade onde você não conhece ninguém e ficar longe de amigos e familiares. Tem dias que a saudade aperta, mas penso que estou em busca de um sonho e isso me dá forças para seguir”, completa.
Durante o mês de janeiro, pós-festas, e vigência das férias escolares, a movimentação no Terminal continuou alta. No dia 2 de janeiro, foi a vez do casal Joyce e Maria Eduarda se despedir. Os abraços e a troca de olhares marejados fizeram parte da despedida até o último segundo, pois Joyce mora no Rio de Janeiro e Maria Eduarda em BH. Elas se conhecem há 10 anos e estão juntas há oito.
“Nos conhecemos em uma rede social e acabamos nos apaixonando à distância. Já tem cinco anos que só nos encontramos nos feriados e durante as festas de fim de ano. Namoramos três anos sem nos vermos, completamente à distância. Agora, ela está indo embora de novo. Já, já, ela volta. Sempre que tem uma oportunidade a gente dá um jeitinho de se encontrar”, conta emocionada a professora Maria Eduarda Duarte.
“A hora de ir embora é muito ruim. Dá um aperto no coração. Uma vontade de ficar. Eu cheguei no dia 28 de dezembro e estou indo embora agora. A gente procura se ver com frequência, mas nem sempre é possível. A Maria Eduarda é mais chorona, mas essa é uma hora sempre muito difícil”, conta Joyce da Silva.
Foto: Divulgação/ Terminais BH
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