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A força cultural da arte em uma sociedade pode ser medida não apenas por sucesso  midiático, ou ainda volume de consumidores de produtos . A arte influencia um modo de viver e ser no mundo. Este pensamento que guia a raiz do Samba e manifestações reais de cultura devem ser respeitadas e protegidas contra a passagem do tempo e dos modismos. 

Com esse intuito, a CUFA(Central Única de Favelas), ONG que trabalha  para mostrar  as forças das comunidades em todo o país em parceria com o Uai Shopping e Fundação Doimo apresenta o primeiro Uai Samba Show, que acontecerá no domingo, 25 de janeiro, a partir das 16h, no Uai Shopping, que fica em frente ao estacionamento da Rodoviária, apresenta a Velha Guarda do Samba de BH e Faculdade do Samba em uma tarde de resgate da aurora do nosso Samba e mostrar às novas gerações o bem simbólico que temos com esses artistas provenientes das comunidades de Belo Horizonte. A proposta é fortalecer no Uai Shopping ,a produção local de Samba, vinda do morro, das comunidades, onde surgem canções de qualidade imensa, mas ficam perdidas e quase não chegam ao grande público.

O presidente da CUFA/MG, Francislei Henrique, “o Uai Samba Show é um projeto idealizado  pela CUFA /MG e tem como objetivo legitimar e valorizar os trabalhos da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte, criar um espaço de convivência, com acesso fácil à todos os cidadãos , sem restrições, mostrando interação e democratização do espaço público. Queremos que o evento seja mais do que um espaço de eventos. Queremos que a produção do Samba, vinda da comunidade, do morro ganhe força, se tornando referência, com o apoio incondicional do maior  Shopping Popular da cidade, ganhando um calendário fixo para outras edições”, disse Francislei.

Sobre a Velha Guarda do Samba de BH

A Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte é composta por sambistas que não se viam há

décadas e que se reuniram através do projeto Faculdade do Samba para fazer shows, gravar CDs, constituir acervos e produzir e documentários. O objetivo da Faculdade do Samba é resgatar a história do samba e contribuir na revitalização do gênero em Belo Horizonte. Os atuais membros do grupo são: Carlos, Clélia Santos, Dona Elisa, Jarbas, Joares, José Lana, José Lorenço, Luciano, Lucinha Bosco, Mandruvá, Mauro Saraiva. Misael, Paulão, Plínio, Silvio, Silvio Luciano e Tarciso. Todos com muitos sambas cantados por artistas de toda Minas Gerais e do Brasil.

A trajetória da Velha Guarda do Samba de BH é curiosa. Os integrantes militavam e atuavam no meio cultural da cidade há mais de 50 anos e somente na metade da década de 1990, houve um movimento para aglutinar e valorizar esses bambas históricos. Essa justiça tardia, não está falhando em homenagear os nossos queridos artistas.

A importância destes artistas no cenário mineiro é tão grande que os integrantes do projeto ganharam a telona no documentário “Roda”, de Raquel Junqueira e outros diretores, que foi produzido em 2011, além de uma exposição fotográfica elaborada por Elmo Alves em 2013. Esses projetos visaram valorizar e preservar a história musical e cultural de BH.

A Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte já se apresentou em eventos como o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional do Teatro (FIT), Fórum Social Brasileiro, Comida di Buteco, Festival Tim Tambores, entre outros.

Sobre a CUFA

A CUFA – Central Única das Favelas – é uma organização sólida, reconhecida nacionalmente pelas esferas políticas, sociais, esportivas e culturais. Foi criada a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro – principalmente negros – que buscavam espaços para expressarem suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.

A organização tem o rapper MV Bill como um de seus fundadores, este que já recebeu diversos prêmios devido à sua ativa participação no movimento Hip Hop. Em 2004, a UNESCO o premiou como uma das dez pessoas mais militantes no mundo na última década. Além dele, a CUFA conta com Nega Gizza, uma forte referência feminina no mundo do Rap, conhecida e respeitada por seu empenho e dedicação às causas sociais.
Nega Gizza é também diretora do HUTÚZ, o maior festival de Rap da América Latina, que é produzido pela CUFA.

Atualmente, a CUFA expandiu seus trabalhos para outras regiões brasileiras, incluindo Minas Gerais, com atuação na capital, Belo Horizonte, a cidades do interior, promovendo a arte e cultura das comunidades e favelas como meio de inserção  e ascensção social.