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Primeiro debate de curtas trouxe questões e respostas instigantes

Na primeira rodada de debates da Mostra Foco, seção competitiva de curtas-metragens em Tiradentes, os diretores dos filmes “Ilha”, “Filme Selvagem”, “A Era de Ouro” e“Outubro Acabou” apresentaram ideias sobre seus trabalhos e responderam a questionamentos do público. Em alguns momentos, o clima esquentou, num saudável jogo de reflexões, especialmente quando os cineastas na mesa defenderam seus trabalhos de comentários negativos vindo de uma participante.

 

“Eu queria fazer um filme que incomodasse”, disse Ismael Moura, de “Ilha”. Pedro Diógenes, de “Filme Selvagem”, comentou as escolhas radicais de seu trabalho, inspirado por Jean-Luc Godard, e Miguel Seabra Lopes, um dos diretores de “Outubro Acabou” (ao lado de Karen Akerman), contou ter se inspirado nas próprias inquietações artísticas ao fazer de seu filho o protagonista do curta.

 

No papo sobre o longa “O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos”, o diretorDellani Lima revelou ter modificado sua visão de arte e criação ao trabalhar como ator nos filmes de colegas cineastas. “Meu estilo de direção mudou depois de algumas experiências”, afirmou. Em seu novo trabalho, o protagonista é o professor Andre Gatti, que esteve presente na conversa.

 

A conversa sobre o primeiro longa exibido na Mostra Aurora, “O Animal Sonhado”, girou em torno da noção de erotismo e das cenas de sexo vistas no filme. Dirigido por seis realizadores, cada um fazendo um pequeno episódio, o trabalho foi comentado por cada um deles e pelo crítico Ticiano Monteiro. “Quisemos lidar com nossos próprios constrangimentos e colocar em questão as maneiras de se filmar o sexo no cinema brasileiro contemporâneo”, afirmou Samuel Brasileiro, um dos diretores.

 

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