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Banda Mole comemora 40 anos com grande festa e promete agitar o pré carnaval de BH

Tradicional bloco pré-carnavalesco celebra suas quatro décadas de folia na capital mineira no dia 7 de fevereiro.

 

Em seu 40º aniversário, o bloco de pré-carnaval da Banda Mole promove sua tradicional folia no centro de Belo Horizonte com uma programação especial. No dia 07 de fevereiro, sábado, das 13h às 22h, a Avenida Afonso Pena será transformada no palco de uma grande festa, com entretenimento, consciência política, ecológica e cultural, regados a muito humor, descontração e animação. Serão 10 atrações se revezando nos trios elétricos, palcos e no chão da avenida. O acesso é gratuito.

 

As atrações deste ano trazem ritmos para todos os gostos, das baterias de escola de samba, passando pelo funk carioca, axé, arrocha e as tradicionais marchinhas de carnaval. Conhecidos do público mineiro, a Orquestra Mineira de Brega, a banda Zé da Guiomar e o Bloco dos Catadores da Asmare têm presença confirmada. O Bloco de Catadores da Asmare voltou à ativa e se incorporou à Banda Mole, assim como outros blocos menores, em 2012, a partir do trabalho de coleta seletiva no próprio evento.

 

Além da seletiva do Concurso de Marchinhas Mestre Jonas, a Banda Mole em seus 40 anos traz duas grandes novidades: pela primeira vez recebe uma grande atração do carnaval do interior do estado o grupo Candongueiro, de Ouro Preto, responsável por segurar o carnaval no tradicional Largo da Alegria nos 4 dias de folia da cidade e cujo trabalho é marcado pela transposição de músicas da MPB com pegada carnavalesca além de um excelente repertório próprio. Outra grande novidade é a presença do Trio Elétrico Anderson Noise, valorizando o principal Dj do estado, que trará convidados ilustres para o seu trio focado na música eletrônica de vanguarda. Não vão faltar também os bonecões que, a cada ano, apresentam novos personagens da cena política e cultural brasileira e internacional.

 

A festa, que nos últimos anos tem recebido mais de 40 mil pessoas, será realizada na Afonso Pena entre as ruas da Bahia e Guajajaras e contará com toda a estrutura para  oferecer total segurança aos foliões da capital e do interior, que estão se dirigindo cada vez mais ao carnaval da capital.

 

Desde 2011, os criadores da Banda Mole contam com a experiente equipe da Cria!Cultura, especializada em eventos e projetos culturais de médio e grande porte. Com isso, foram ampliados os objetivos da festa, aperfeiçoadas a infraestrutura do desfile e de atendimento ao público e sua programação musical passou a contar com a participação de artistas locais e nacionais de vários estilos, transformando a Banda Mole num pré-carnaval multicultural mais adequado à presença da família e de pessoas de todas as idades, sem abandonar o público LGBT que frequenta o evento há muitas décadas.

 

Concurso de Marchinhas Mestre Jonas

A edição comemorativa da Banda Mole conta com uma grande novidade. As 15 marchinhas selecionadas para a segunda etapa do Concurso de Marchinhas Mestre Jonas, que em 2015 bateu o recorde com 268 inscrições, se apresentarão no palco da Banda Mole durante a programação, quando um júri especializado selecionará as dez melhores marchinhas do Carnaval 2015. As dez finalistas serão ensaiadas por seus intérpretes, acompanhados por uma banda dirigida por Thiago Delegado. Elas disputarão os cinco prêmios em dinheiro durante o Baile de Marchinhas Mestre Jonas, que será realizado no dia 13 de fevereiro, sexta de carnaval, na Av. Brasil, em frente ao tradicional Brasil 41, um dos pontos de encontro do samba de Belo Horizonte.

 

Banda Mole, um estado de espírito

Fundada em 1975 por um grupo de rapazes, egressos do extinto bloco carnavalesco “Leões da Lagoinha”, a “República Independente da Banda Mole”, associação lítera-etílica-carnavalesca sem fins lucrativos, teve como principal finalidade resgatar os velhos carnavais com desfiles populares em via pública, que deveriam ter sempre as seguintes características: gratuidade para quem quisesse participar, animação, crítica político-social e liberdade nas fantasias e trajes a serem usados no cortejo.

 

No primeiro desfile, a Banda Mole saiu com aproximadamente 100 pessoas animadas por uma banda de chão e instrumentos de sopro de dez elementos. Com o passar dos anos, tendo caído definitivamente no gosto popular, o desfile cresceu, chegando a levar às ruas, em 1995, 400.000 pessoas animadas por 14 trios elétricos, entre eles a banda baiana Araketu, maior atração nacional da época.

 

O desfile, que originalmente subia a Rua da Bahia, para garantir maior conforto e segurança aos foliões e menos impacto na vizinhança, teve, há nove anos, o seu trajeto transferido para a Avenida Afonso Pena, entre ruas da Bahia e Guajajaras, no centro de BH, local que agora receberá novamente o carnaval oficial da cidade. Em 2004, por lei municipal, foi instituído o “Dia Municipal da Banda Mole”, o que deveria garantir o total apoio da prefeitura a sua realização. Entretanto a Lei caiu no esquecimento, e a Banda Mole, precursora de toda a nova cena do carnaval de Belo Horizonte luta a cada ano para não deixar a “peteca cair” e não deixa.

 

Os organizadores da Banda Mole, que se revezam na presidência da entidade, são Luiz Mário “Jacaré” Ladeira e Helvécio “Gaiola” Trotta, hoje com mais de 70 anos de idade, mas com a mesma disposição de brincar na Avenida quando fundaram o Bloco mais irreverente da cidade com outros 100 “invencíveis gauleses”.

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