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“Tudo O Que Você Podia Ser”, novo filme do cineasta Ricardo Alves Jr., chega a Minas Gerais no Festival de Tiradentes

No dia 20 de janeiro, a obra será exibida na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, integrando a Mostra Competitiva Autorias

Em 2023, o filme “Tudo O Que Você Podia Ser”, com direção de Ricardo Alves Jr., venceu o Prêmio de Melhor Direção da Competição Novos Rumos e o Prêmio Félix Especial do Júri, que destaca obras LGBTQIA+, na 25ª edição do Festival de Cinema do Rio. O longa venceu também o Prêmio de Melhor Elenco em Longa-Metragem no 21º Festival Cinemato em Cuiabá, e o Prêmio do Público de Melhor Filme no 31º Festival Mix Brasil, além de ser exibido no Festival Queer Porto em Portugal, na 10ª Mostra de Cinema de Gostoso, na 13ª Mostra de Petrópolis e no Hollywood Brazilian Film Festival em Los Angeles, que celebrou a 15ª edição.

Agora, o filme se prepara para sua estreia em terras mineiras, na programação oficial da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes. “Tudo O Que Você Podia Ser” será exibido gratuitamente no dia 20 de janeiro de 2024, às 20h, no Cine Tenda, integrando a Mostra Competitiva Autorias, que destaca a diversidade e a força das visões individuais de cineastas brasileiros, buscando impulsionar as respectivas singularidades no cenário cinematográfico do Brasil.

No desenrolar da história do longa-metragem, o público acompanha as últimas 24 horas da personagem Aisha em Belo Horizonte, antes de sua mudança para São Paulo. Na despedida, ela é acompanhada de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. No roteiro as atrizes usam seus próprios nomes como personagens, mesclando elementos ficcionais e documentais em cena, aproximando o público de forma sensível e intimista às histórias contadas, em um retrato afetuoso da família que é possível ser escolhida e construída por meio da amizade. 

Temas diversos da comunidade LGBTQIA+ como afeto, violência, família, HIV, vida urbana e sexualidade, são algumas das temáticas apresentadas na trama. Grande parte dos diálogos foram improvisados no set, a partir de indicações da direção e do roteirista Germano Melo. Por meio das experiências vividas por essas 4 amigas, o filme também constrói um retrato particular da cidade de Belo Horizonte, com cenas gravadas em vários bairros e regiões da capital mineira, como Aglomerado da Serra, Bonfim, Centro, Lagoinha, Nova Suíça, Santa Cruz e Santa Tereza, trazendo diferentes imagens e sensações do espaço urbano. 

Gravado em dezembro de 2021 e março de 2022, “Tudo O Que Você Podia Ser” é o trabalho mais recente do diretor, que transita na criação entre o teatro e o cinema. Após os elogiados “Elon Não Acredita na Morte” (2016), “Vaga Carne” (2019) e “Quem Tem Medo?” (2022), Ricardo convidou as atrizes Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, artistas com uma trajetória construída no teatro queer de BH, para serem as protagonistas de um filme em que novos olhares e narrativas sobre as vidas de pessoas LGBTQIA+ pudessem ser retratadas nas telas.

Segundo Ricardo Alves Jr., “Tudo O Que Você Podia Ser” é muito mais do que apenas um filme, é um manifesto de cuidado, amizade e pertencimento. O filme surge em um contexto especial, que se sobrepõe aos desafios sociais e pessoais vividos no Brasil nos últimos anos. O cineasta explora diversas temáticas, da sobrevivência à intolerância, e da afirmação das subjetividades em um país onde a comunidade LGBTQIA+ ainda enfrenta uma dura realidade. O trabalho é uma ode à resiliência, à capacidade de enfrentar a adversidade e florescer em um ambiente que muitas vezes é hostil.

A música “Tudo O Que Você Podia Ser”, clássico do Clube da Esquina na voz de Milton Nascimento, e que dá título ao longa, foi regravada especialmente para o filme pela cantora Coral, artista baiana radicada em BH, expoente da música popular brasileira na atualidade e uma das vozes da diversidade no Brasil. A trilha sonora é assinada pelo compositor e produtor musical Barulhista e no elenco ainda está a experiente atriz Docy Moreira, como mãe de Bramma. Com produção da EntreFilmes, o longa será distribuído em 2024 nas salas de cinema brasileiras pela Vitrine Filmes.

SOBRE RICARDO ALVES JR.

Ricardo Alves Jr é diretor de cinema e teatro. É fundador da produtora Entre Filmes. Seus trabalhos se caracterizam pela hibridez de linguagens em busca de construções de atmosferas  e universos particulares. Seus filmes foram exibidos em diversos festivais internacionais (Berlinale Short, Semana da Crítica do Festival de Cannes, Locarno, Roterdã, Oberhausen, Havana). “Elon não Acredita na Morte” é seu primeiro longa-metragem e teve estreia nacional no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Sua estreia internacional aconteceu no Macao Film Festival & Awards, na China, sucedida da estreia europeia no Festival de Rotterdam, em 2017. A estreia ibero-americana aconteceu no Festival de Cartagena, na Colômbia. O filme também foi exibido no IndieLisboa, em Portugal; no FICUNAM, no México; e no BAFICI, em Buenos Aires. Em Abril de 2017, estreou comercialmente nas salas de cinema brasileiras, distribuído pela Vitrine Filmes. Em Abril de 2019, o filme entrou no catálogo da Netflix. 

Em 2022 lançou o documentário "Quem tem Medo?" co-dirigido com Dellani Lima e Henrique Zanoni exibido nos festivais:  Tudo é Verdade, DocLisboa e DocMéxico.

No teatro dirigiu diversos espetáculos, entre eles “Cine Splendid”, projeto contemplado pelo fundo Iberescena, sendo apresentado no festival MIRADA, e “Eclipse Solar”, do Grupo Quartatela, apresentado no FIT-BH. Seu último trabalho no teatro é o espetáculo “Tragédia” com o grupo QuatrolosCinco, indicado ao 6º Prêmio Copasa/Sinparc de Artes Cênicas: Melhor espetáculo, texto, ator e atriz, que realizou temporada no Sesc Vila Mariana em São Paulo e foi selecionado para mostra oficial do festival de teatro de Curitiba 2023.  

SOBRE AISHA BRUNNO

Aisha Brunno é atriz, empreendedora da cultura, travesti, trabalhando nas áreas do teatro, fotografia, audiovisual e formação. Mantenedora do espaço Casa Anômala, desenvolve atividades de pesquisa e apoio a artistas que buscam ser gestores de seus próprios trabalhos, além de desenvolver espetáculos teatrais e filmes de curta-metragem. Integrante da Plataforma Beijo, desenvolve trabalhos voltados às artes cênicas, performativas e visuais.  Atua nos Espetáculos “Protótipo para Cavalo: Corra, Aisha, Corra!” e “Projeto Maravilhas”. No audiovisual, dirigiu e atuou nas curtas-metragens: “O Labirinto de Bernarda” e “APP”. Participou como atriz na longa-metragem “Tudo o que você podia ser”, com direção de Ricardo Alves Jr., e na série “Azul Celeste”, com direção de Sílvia Godinho. 

SOBRE BRAMMA BREMMER

Bramma Bremmer é artista de BH, trabalhando nas áreas da performance, atuação, escrita, direção, crítica, produção, comunicação e palhaçaria. Transitando entre o teatro e o cinema, integra as coletivas Casa Anômala e Plataforma Beijo. Atua nos espetáculos “Projeto Maravilhas” e “Eclipse Solar”, e dirige a peça “Protótipo Para Cavalo: Corra, Aisha, Corra!”. Foi vencedora do Prêmio Arte como Respiro - Literatura 2020 do Instituto Itaú Cultural e artista residente da Lab Cultural 2022 do BDMG Cultural. Em 2023, lançou “desejo de me expor, desejo desaparecer”, o seu primeiro livro de poemas. Participou como atriz na longa-metragem “Tudo o que você podia ser”, com direção de Ricardo Alves Jr.

IGUI LEAL

Igui Leal é artista, produtora e pesquisadora. Adora doces. É co-idealizadore da plataforma artística “Beijo ” e da Quarta Queer. Pesquisa e aborda questões como teatro, performance, identidade de gênero, sexualidades, educação e direitos humanos. Atua e produz os espetáculos “Espécie” e “Projeto Maravilhas” e dirige a cena “Escapulário”. É mestre em Teatro pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. É Bacharel em Psicologia pela mesma Universidade. É formade pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica – CEFART, Palácio das Artes. Atualmente é estudante de Licenciatura em Teatro na UFMG e integra o núcleo de pesquisa  Atua-produzir. Participou como atriz na longa-metragem “Tudo o que você podia ser”, com direção de Ricardo Alves Jr., previsto pra estrear em 2024.

SOBRE WILL SOARES

Will Soares é artista LGBTQIA+ e  integra a Plataforma Beijo. Formado em Teatro no Palácio das Artes, passou pelo curso de dança na UFMG e pelo Oficinão do Galpão Cine Horto. Artista independente e drag queen residente em Belo Horizonte, Will Soares atuou na cena curta "Não conte comigo para proliferar mentiras", nas peças"Two Ladies", "As Barbeiras", "O grito do outro, grito meu", "Cabaré das divinas tetas", “Ladeira a Bausch”, entre outras. No cinema, atuou no especial de Natal da Globo Minas "O Natal de Rita", e nos longas "Luna" e "Atrás dos olhos das meninas sérias". Participou como atriz na longa-metragem “Tudo o que você podia ser”, com direção de Ricardo Alves Jr.

SINOPSE

É o último dia de Aisha em Belo Horizonte. Acompanhamos a despedida na companhia de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. Por meio do cotidiano e dos encontros entre as personagens, o filme tece um retrato afetuoso sobre a família que se escolhe constituir através do valor da amizade.

FICHA TÉCNICA
Direção: Ricardo Alves Jr.
Roteiro: Germano Melo
Elenco: Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares
Participações especiais: Docy Moreira, Renata Rocha, Sitaram Custódio, Maria Rocha Custódio, ciber_org, Rafael Paiva, Rafa Goulart e Pedro Lanna
Direção de Fotografia: Ciro Thielmann
Produção: Julia Alves
Direção de Produção: Nina Bittencourt
Direção de arte: Luiza Palhares
Figurino: Luiza Palhares e Luiz Dias
Montagem: Lorena Ortiz
Som direto: Fabricio Lins
Desenho de som e Mixagem: Pablo Lamar
Trilha sonora: Barulhista
Regravação da música-título: Coral
Correção de cor e finalização: Lucas Campolina | Olada
Desenho de Créditos e cartaz: André Victor
Assistente de som direto: Pedro Lanna
Assistente de Fotografia e Foco: Fernanda Sena
Operador de Steadicam: Bernard Machado (Bené)
Gaffer: Jésus Lataliza, Washington Alves (Urso) e Bernard Machado (Bené)
Eletricista: William Bililiu
Maquinista: Flávio C. Von Sperling
Assistência de Montagem: Pedro Lanna
Edição de som direto: Germán Acevedo
Edição de ambientes: Léo Bortolin (Estúdio Som de Black Maria)
Foley: Saavedra Sonido - Pablo Gamberg e Guillermo Picco
Tradução: Daniel Cordova
Revisão e legendagem: Ana França e Giulia Martini
Transporte: Noemi Assumpção, Eduardo Barcelos e Maria Elisa Pompeu
Distribuição:  Vitrine Filmes

SERVIÇO: Tudo O Que Você Podia Ser
83 min
Classificação: 14 anos

Exibição na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes 
20 de janeiro de 2024, às 20h, no Cine Tenda
Entrada gratuita

Foto: Reprodução

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