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Abandonados e corroídos pelo tempo, os prédios que um dia foram palco da efervescente vida social e política de Maceió ganharam cara nova e se transformaram em lar de uma comunidade de sem-teto. Já na capital mineira, a natureza cresce em lugares improváveis e inóspitos, resistindo ao crescente desmatamento e à verticalização das construções. As cidades e suas diferentes formas de ocupação e resistência são temas dos projetos fotográficosUm teto para uma vida e Arvorexiste, que serão reexibidos na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG até o dia 31 de janeiro, das 19h às 23h. Selecionados na chamada temática Ativismos Contemporâneas, os ensaios foram projetados pela primeira vez em outubro de 2016, alcançando grande sucesso de público.

Em busca de uma diferente cobertura jornalística, o fotógrafo Roberto Albuquerque Fernandes fez imagens da ocupação de prédios antigos, que um dia abrigaram a sede do INSS, por uma comunidade sem-teto em Alagoas. Lideradas pelo movimento Via do Trabalho, as pessoas ocuparam o imóvel com o sonho de transformar aquele espaço em moradia. Segundo Fernandes, as fotos conseguem revelar um pouco dos valores que regem a organização da ocupação. O resultado dessa imersão é a exposição Um teto para uma vida, em cartaz na Fachada Digital até sábado, 21 de janeiro, das 19h às 23h.

Já a natureza que cresce e renasce nos mais variados espaços da capital mineira são registrados nos cliques poéticos de Elisa Nunes Gonçalvez, idealizadora do projeto Arvorexiste. As fotografias são compartilhadas no perfil do Instagram @arvorexiste com o objetivo de chamar atenção das pessoas para este pequeno ato de resistência. Na Fachada Digital, as imagens são combinadas com animações, poemas e dados sobre o verde em Belo Horizonte de 22 a 31 de janeiro, das 19h às 23h.

Foto: Divulgação