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Não há dúvidas de que o Carnaval brasileiro é uma das festas mais incríveis do mundo. Mas, em fevereiro, a folia também toma conta de outros cantos do globo, ganhando diferentes cores, sons e traços culturais por onde passa. Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, acontece anualmente o Mardi Gras, cortejo carnavalesco embalado por blocos de metais que entoam clássicos do jazz pelas ruas. Durante todo o mês, e especialmente no penúltimo dia de Carnaval - a chamada "terça-feira gorda", que inspira o nome da folia -, as ruas da cidade são tomadas por boa música, criativas fantasias e muita irreverência. 

Já pensou, então, se Belo Horizonte ganhasse uma versão do cortejo de Nova Orleans? Nada mais apropriado para uma cidade que já conta com um bloco de sopros jazzístico, o Magnólia Carnajazz! Dessa vocação artística e festiva, surgiu a ideia do Mardi Gras BH - Baile das Mangabeiras, que acontece no Parque das Mangabeiras, no dia 23 de janeiro, sábado, a partir das 14h. Além do Magnólia, integram a programação musical os cariocas do Monobloco, o sambista mineiro Gustavo Maguá e o DJ Jaka, também de BH. Realizado pela Sleepwalkers Entretenimento, o evento também terá stands de arte e opções gastronômicas para todos os gostos e bolsos. 

O Magnólia surgiu em 2014, ano em que fez seu primeiro desfile no bairro Santo André. Em 2015, o bloco - que propõe o encontro do jazz de Nova Orleans com a alegria do Carnaval brasileiro - arrastou cinco mil pessoas pelas ruas da Região Noroeste da capital. Capitaneado pelo regente Leonardo Brasilino, o grupo conta com duas tubas, três saxofones, dois trombones, dois trompetes, um clarinete, quatro percussionistas, cinco dançarinas e uma porta-estandarte. "Nossos arranjos são puxados para o jazz, para a música afro-americana, e é uma honra fazer parte de um festival que traz como tema a linguagem que temos levado para o Carnaval de BH", afirma Brasilino.

Formado em 2000, pelos integrantes da banda Pedro Luís e A Parede, o Monobloco tornou-se um dos blocos carnavalescos mais conhecidos do país. O grupo é conhecido por utilizar somente instrumentos de escola de samba para tocar diversos ritmos brasileiros, como coco, forró e marchinha. Na cadência do samba chega o mineiro Gustavo Maguá, que lançou neste ano seu segundo disco de estúdio, "Esquema Fino", e promete muito ziriguidum. O Mardi Gras BH terá, ainda, decoração inspirada na festa de Nova Orleans: máscaras carnavalescas e os tradicionais colares, que são trocados entre os foliões. "Nossa intenção é fazer uma versão mineira do Mardi Gras, dividindo com o público de BH uma nova e diferente opção de baile de pré-Carnaval", afirma o produtor Henrique Chaves, da Sleepwalkers.

Foto: Divulgação