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Cila: encerramento de um ciclo (ou o último verão de uma marca de sucesso)

A Cila, reconhecida no mercado pelo case de sucesso no setor de beachwear, está encerrando um ciclo de negócios, depois de 50 anos no mercado.

O anúncio é feito em tom de celebração ante a certeza de que a empresa realizou um trabalho profícuo ao longo desse tempo, conquistando espaço no coração das Minas Gerais por seu estilo arrojado, colado nas tendências da moda, e sempre com um jeitinho mineiro de fazer maiôs e biquínis.

A Cila, criada, domesticamente, por Cila Borges, voou, e está na memória afetiva de Belo Horizonte, mas, já há algum tempo, começou a se delinear o fato de que os filhos da empresária, sucessores naturais da empresa, tinham outras aspirações profissionais.

Há muito tempo, Tetê Vasconcelos, responsável pelo estilo e marketing da marca, vem estudando e se aprofundando em cursos conectados com desenvolvimento humano e psicoespiritual. Hoje, ela está atuando profissionalmente, com sucesso, como astróloga védica.

Luiza Borges já havia feito a sucessão de gestão da sua marca, a Potti Romã Lingerie. Atualmente, além de empreender no segmento de turismo de cicloviagens pela GoOut Experience com o marido, Felipe Vilela, também está trabalhando no mercado de investimentos como consultora. E Leonardo Vasconcelos sempre trabalhou com tecnologia da informação.

Diante disto, veio a resolução de encerrar essa etapa nesse formato, com perspectivas de novos negócios futuramente. “Entendemos esse momento como mudança de ciclo e celebração dos 50 anos de uma marca que fez história em Belo Horizonte. "Temos todos os motivos para comemorar o êxito desse case de sucesso, que representa a Cila”, explica Cila Borges.

Os admiradores da marca terão oportunidade de adquirir as peças da última coleção criada pela estilista Tetê Vasconcelos para o verão 2025, que se chama Sempre-viva, e está nas araras da loja, na Savassi. O nome é bem emblemático, uma vez que a Cila se tornou um patrimônio da cidade, com clientes fiéis, que já estão na terceira geração.

Coleção Sempre -viva

A natureza sempre fez parte da história da Cila. Há 50 anos, exploramos o céu e mar, montanhas e desertos, toda espécie de flores, todas as nuances de verde, a vida silvestre e marinha.

Na coleção atual, a última a ser lançada pela marca no modelo de negócios atual, o foco de atenção foi a Sempre-viva. A flor, típica de algumas regiões brasileiras, faz parte da região do cerrado mineiro, que ocupa grande parte do estado, e se distingue pela capacidade de se manter viva e vibrante, mesmo depois de colhida e seca.

O nome é emblemático nesse momento de encerramento de ciclo e remete à trajetória da marca, que soube atravessar várias gerações com o mesmo frescor e, com certeza, se manterá forte na memória afetiva de Belo Horizonte.

Neste último verão da Cila, seus clientes e admiradores terão oportunidade de adquirirem peças que expressam, não só o conceito de uma coleção, mas um legado, um símbolo, o espírito do tempo de uma cidade.

Atravessando a história, por cinco décadas, essa marca genuinamente belo-horizontina, floresceu e se reinventou, mantendo-se fiel à sua essência. Ao reverenciar o significado da Sempre-viva, a Cila celebra o vigor, a tenacidade e a beleza de um percurso, que ficará no imaginário das pessoas.

A coleção é um tributo às origens, um equilíbrio entre inovação e tradição, pilar que sustentou a sua identidade durante 50 anos.

A Cila cinquentenária visitou muitos lugares. A inspiração para suas coleções veio de diversas culturas, do deserto de Atacama ao Egito, passando pelo Brasil - Amazônia, Bahia, Ilha da Magia -, entre outros pontos do planeta, contribuindo para ressaltar a vida de povos longínquos e diferentes. Códigos e mensagens foram expressos e divulgados sob as lentes do verão brasileiro em uma profusão de imagens, cores e estampas exclusivas.

Depois de correr mundo, a última coleção, neste modelo de negócios, a Sempre-viva, homenageia Minas Gerais, se detém na cultura da terra mineira, na ancestralidade do barro, nas cerâmicas que carregam as cores da terra e do fogo e surgem, com nova leitura, na padronagem abstrata. Não é à toa que uma das estampas da coleção se chama “Barro de Minas”.

O cerrado, bioma símbolo de resistência, que ocupa boa parte do solo de Minas, também está presente por meio das típicas folhas dos ipês e do baru, poderosas árvores nativas. Expressas de forma artística, parecem pintadas nos tecidos, em uma explosão de cores e vida. Múltiplos tons de vermelho, laranjas e rosas se revezam, celebrando a chegada do verão, aparecem nesta estampa batizada como “Folhas do Cerrado”.

Saindo da natureza para as artes e ofícios mineiros, a estampa “Textura Mineira”, como o próprio nome diz, é texturizada e revela a delicadeza e riqueza de uma tradição artesanal extremamente ligada a afeto e memória.

Linhas desenhadas entrelaçadas, em blocos de cores sobrepostas, com profundidade, trazem a sensação de relevo para a padronagem. Cores vibrantes traduzem a alegria da estação mais quente do ano, celebrando a força cultural do bordado mineiro.

Matérias-primas - A preocupação com a sustentabilidade também está presente na coleção Sempre-viva, assim como esteve na maioria das coleções da Cila, desde que a indústria têxtil revolucionou a moda beachwear em busca do conceito sustentável.

Há mais de 10 anos, 90% dos tecidos utilizados são bases em cores lisas e estampas em que o fio de poliamida é degradável. Um valor agregado que se junta a outras tecnologias têxteis, como secagem rápida, respirabilidade e proteção UV.

Foto: Divulgação

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