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Agora é a vez de a terra natal de Guimarães Rosa receber uma exposição muito especial: uma coleção de bordados baseados na obra do consagrado filho. Começa nesta terça-feira (06/01) e vai até 6 de fevereiro, no Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, região Central do estado, a primeira edição de 2015 da exposição Minha Vida é um Bordado com Guimarães Rosa. Textos do escritor ganham forma com as linhas coloridas, por meio das mãos de pessoas que haviam perdido a autoestima e o prazer em ler.

A mostra é composta por peças produzidas por associados idosos do Sesc Floresta, em Belo Horizonte. O trabalho tem como base as rodas de leitura sobre a obra Primeiras Estórias, do escritor mineiro.

Além da exposição, será realizado, no dia 5 de fevereiro, às 13h, um momento de integração entre os grupos de bordadeiras do Sesc Floresta e de Cordisburgo. 

Sobre as rodas de leiturua 

As sessões das rodas de leitura, promovidas pelo Sesc Floresta com associados idosos, têm permitido o exercício da imaginação e da memória. As novas formas de se perceber o mundo surgem a partir do incentivo à leitura, unindo-se à arte popular do bordado. À medida que a leitura acontece, os associados vão mesclando suas histórias de vida com a obra em questão.

O objetivo dessas sessões é apresentar autores renomados  e devolver o prazer de ler a idosos que muitas vezes nunca leram ou perderam esse hábito. Para tanto, nessa ocasião, foram trabalhados os contos da obra Primeiras Estórias. Trata-se do primeiro conjunto de textos compactos a seguir a linha dos contos tradicionais, daí o nome “Primeiras” do título. Os escritos acrescentam, logo após, o termo “estória”, em oposição ao termo História, designando algo mais próximo da invenção, da ficção, marca de Guimarães Rosa (1908-1967).

Essas sessões de leitura foram realizadas na biblioteca do Sesc Floresta,  em 2012, como parte das atividades desenvolvidas no Programa Sesc + Grupos. É um serviço de fortalecimento de vínculos sociais, despertando o protagonismo  da pessoa idosa, colocando-o como articulador da sua própria vivência.