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Gorete Milagres traz para a 39ª Campanha de Popularização do Teatro espetáculo que celebra os 18anos da personagem Filomena

FILÓdáEMPREGO.COM faz curta temporada no Palácio das Artes, nos dias 22 e 23 de janeiro Gorete Milagres volta aos palcos mineiros durante a 39ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, com o espetáculo que celebra os 18 anos de criação da sua personagem mais emblemática, a empregada doméstica Filomena. Em “FILÓdáEMPREGO.COM”, a atriz mostra as transformações que Filó passou nos últimos anos, com direção de Eliana Fonseca e cenografia e figurinos de André Cortez. Esperta como ela só, nesses tempos de mudança, onde está mais fácil arrumar marido do que uma empregada, ela abre as portas da sua agência “FILÓdáEMPREGO.COM”, oferecendo dicas a empregadas e patrões. “A personagem evoluiu, mas não perdeu a sua essência, a sua simplicidade, a sua pureza e o seu encanto”, enfatiza Gorete Milagres que está muito feliz em retornar a Belo Horizonte, após sucesso da estreia da montagem. “FILÓdáEMPREGO.COM” estará em cartaz no Grande Teatro do Palácio das Artes, apenas dias 22 e 23 de janeiro (terça e quarta-feira), em duas seções diárias, às 19h e 21h. O texto é da própria Gorete Milagres, que sentiu a necessidade de fazer sua personagem evoluir de acordo com as tendências culturais, sociais e econômicas do país. A Filomena começou como diarista, passando a mensalista, arrumadeira, copeira, até virar governanta. E essa evolução é narrada com muito humor no espetáculo. “A percepção da necessidade da mudança foi minha. Passaram-se 18 anos e muitos fatos ocorreram. Eu queria evoluir a Filomena porque todo mundo evoluiu. A ascensão da classe C me fez pensar e comecei, há um ano, a injetar novidades nas apresentações fechadas. Era impossível, nos tempos de hoje, ficar com a Filomena, por exemplo, de dente podre. Hoje, a empregada tem empregada, quer deixar de ser doméstica e virar balconista, atendente, recepcionista, ela acha mais chique. A profissão está mais respeitada, inclusive com melhorias na Lei que a representa. Então, tratei os dentes, melhorei a barriga, fui mesclando o texto antigo com um pouco do novo, até chegar ao roteiro final, completamente diferenciado. No teste, a mudança de visual e a saúde da personagem não interferiram na aceitabilidade do público”, lembra Gorete. Já governanta, vendo as patroas brigarem pelos seus serviços, a Filó passa um mês em cada casa, com a finalidade de ensinar os serviços para as empregadas. Muitas vezes ela percebe que tem que substituí-las. Mas como? Onde encontrar alguém de confiança e boa de serviço? Da vida real para o palco, diante da dificuldade de se conseguir uma empregada doméstica, Filomena abre sua agência de emprego virtual, a “FILÓdáEMPREGO.COM”. Ela ganha um Iphone da patroa, cria um e-mail e começa a se conectar, à sua maneira, às novidades do mundo virtual e empresarial. E, como governanta muito solicitada em várias casas, de diferentes cidades do país, aonde ela chega, se propõe a fazer um evento para selecionar empregadas. E a peça é o evento de Filó. Só que ela não tem preparo para fazer eventos e muito menos para ser palestrante, para falar em público, mas faz tudo do seu jeito, achando que está arrasando. E nessa seleção surgem as mais inusitadas perguntas para as empregadas, como: se é hipocondríaca, se é preguiçosa e por aí vai. Filó também decide que a patroa também deve ser entrevistada e quer saber: se ela faz barulho na hora de dormir, se é bipolar, se é viciada em remédio. E, na peça, o tempo todo o telefone toca. É a patroa que a contratou na cidade, que quer saber onde ela está, falar do trabalho. E essa contratante da Filó é uma personalidade conhecida.“Como já é recorrente em minhas apresentações, ocorre completa interatividade com a plateia. Na peça, todos são empregados ou patrões. Vira uma diversão”, explica Gorete Milagres. Na entrada do espetáculo as pessoas recebem um papel e são convidadas a registrar algum causo e entregar para a produção. A história pode aparecer na próxima sessão. A ideia é ir substituindo as histórias, mantendo sempre um frescor nas apresentações. Direção Pela primeira vez, Gorete Milagres convidou alguém para dirigi-la. “Sempre fiz tudo em meus espetáculos, desde a produção. Mas desta vez queria dar uma atenção maior à montagem, é um momento especial de minha carreira. Por isso, convidei a Eliane Fonseca para a direção. Ela foi minha redatora no programa “Ó Coitado”, no SBT, e, na peça, fez também a supervisão do texto”, diz Gorete. A diretora conta que já conhecer a personagem Filomena foi essencial para o sucesso na direção da montagem. “Devido ao trabalho do seriado na TV, eu tinha completo domínio do perfil da Filomena. Já tinha muita familiaridade com a personagem e seu universo. Para comemorar esses 18 anos, foi criada uma nova concepção. Repaginamos a Filó, que evoluiu junto com sua categoria”, explica Eliana Fonseca. Para a diretora, um dos desafios e prazeres do trabalho é a complexidade da personagem. “A Filomena tem vida própria, pensa sozinha. O bacana dessa complexidade é que ela representa uma classe muito brasileira, que evoluiu durante os anos. E isso é de uma riqueza e profundidade fantástica. A Filó é meio Macunaíma, é o Zé Grilo, nos lembra de tantos personagens que também tem a brasilidade em seu cerne. A minha dificuldade não é com a Gorete, com a atriz, é com a Filó. Isso porque a personagem cria, e é muito bom o que ela faz e fala, e é tudo muito engraçado”, conta Eliana Fonseca. Cenário e figurino Para a cenografia e o figurino, Gorete Milagres convidou o premiado cenógrafo André Cortez, que encontrou no crochê o elemento principal para mostrar a evolução da personagem, sem, no entanto, fazê-la perder a ingenuidade. “O cenário tem ideia de um lugar preparado pela Filó, com todos seus limites, mas caprichoso. Tudo se passa no evento dela, no qual ela apresenta seu novo projeto de vida, que é ser agenciadora, uma ponte entre patroa e empregada,” conta Cortez. Foi a partir de pesquisas que surgiu a ideia do crochê como referência de material, revela Cortez, por se um produto trabalhado, que passa pela sofisticação, mas ainda consegue manter o estilo forte de brejeiro e de mineiro. “Pesquisei em cima disso e vi que o crochê permeia por todas as estações, pode estar numa casinha simples, é feito manualmente, mas inspira um pensamento mais elaborado, é feito com cuidado”, diz. Essa é a primeira vez que Gorete e André trabalham juntos, mas a admiração pelo trabalho um do outro já vem de tempos. “Conheço a Gorete desde que surgiu a personagem, assistindo como plateia as apresentações do FIT em BH, na década de 90. E, agora, é um prazer participar desse projeto comemorativo. Nosso trabalho foi em parceria. Teria que ser coletivo porque a personagem Filomena é como uma entidade, que merece todo o tato, o tempo toda estávamos nessa linha de equilíbrio entre o ingênuo e o naife, o inteligente e o sofisticado”, revela Cortez. Gorete Milagres conta que o convite a André Cortez veio pela admiração ao seu trabalho. “Meu cuidado era tirar o tom de stand up da Filó. Ela é uma personagem teatral que merecia uma atenção no cenário e luz. Eu já faço tudo sempre e dessa vez queria diferente. O André é mineiro, gosta da Filó e é talentoso. O processo de criação foi coletivo, mas ele entregou a proposta perfeita com o crochê, porque mudar o figurino da Filó era muito arriscado e cair na mesmice era fácil ”, diz Gorete. Site: http://www.sinparc.com.br

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