Coberturas
O 2° Festival Tropeiro Mineiro consagra vencedores em BH com criatividade e sabor

Praça Duque de Caxias, 06/09/2025
Por Inês Marzano
Belo Horizonte foi palco, nas últimas duas semanas, de uma verdadeira celebração à tradição e à inovação da culinária mineira. O 2º Festival Tropeiro Mineiro movimentou 31 bares e restaurantes da capital, que se reinventaram em torno do clássico feijão tropeiro — prato que é símbolo da história, da memória afetiva e da identidade do estado.
O encerramento do evento, no sábado (6), foi marcado por uma grande festa na Praça Duque de Caxias, no tradicional bairro Santa Tereza. Ao som de música ao vivo, com muita animação e tropeiro no prato, foram anunciados os vencedores nas principais categorias do festival.
Tradição premiada, inovação celebrada
Na categoria mais esperada, Melhor Sabor, o grande vencedor foi o Bar do Sidney, que conquistou o júri ao apresentar um tropeiro fiel à receita tradicional, com bacon crocante, couve refogada, ovos e torresmo, mas com execução impecável e sabor marcante.
A ousadia teve vez na categoria Criatividade, vencida pela Estação Parada do Cardoso, que encantou os jurados com sua pizza de tropeiro, combinação inusitada que já faz sucesso entre os frequentadores da casa.
Na categoria Apresentação, o destaque foi o Sheridan Restaurante, com o exótico "Tropeiro do Rei", que uniu panceta, pimenta biquinho e até abacaxi empanado, surpreendendo pelo visual e pela harmonia de sabores.
Drinks com sotaque mineiro
Além do prato principal, o festival também contou com uma competição de drinks, tendo como base a cachaça Jeceaba, outro ícone mineiro. O coquetel autoral do bar Algo Mais levou o 1º lugar. Na sequência, Alibaba e Babel completaram o pódio. O Alibaba ainda inovou ao apresentar um bolinho de tropeiro, que caiu no gosto do público.
Uma história contada pelo paladar
Para Miriam Cerutti, idealizadora do festival, o tropeiro vai além da comida. “Não é só um prato, é uma narrativa da nossa cultura. O tropeiro vem do tropeirismo, que ajudou a construir a identidade mineira. Hoje, contamos essa história de uma forma viva”, afirmou.
E a criatividade correu solta: houve desde versões veganas até pratos extravagantes, como picolé de torresmo. O chef Marcinho, do Barba Azul, apresentou um tropeiro com feijão fradinho e espetinho de torresmo, em homenagem ao cantor Paulinho Pedra Azul, inspirado na música Tropeiro de Cantigas. Já o chef Alexandre Nunes, do Bar do Magrelo, preferiu a nostalgia: “Nosso tropeiro é o clássico, igual ao que a gente comia no Mineirão antes do jogo. Hoje em dia, estádio virou lugar de hambúrguer, mas tropeiro é o prato do futebol”, declarou.
Festa na praça e homenagem especial
O encerramento reuniu moradores e turistas das 10h às 22h, com uma intensa programação cultural, shows, performances e, claro, muito tropeiro. Um dos momentos mais emocionantes foi a homenagem à Lora, do Bar da Lora, reconhecida por sua trajetória e representatividade na valorização da cozinha mineira, inclusive levando seu tempero para fora do Brasil, na China.
Votação e curadoria
A escolha dos vencedores foi feita por votação popular (70%) e por um júri técnico (30%), composto por chefs renomados e especialistas em gastronomia, sob a curadoria da professora e pesquisadora Rosilene Campolina, referência no estudo da culinária mineira.
Confira os vencedores do 2º Festival Tropeiro Mineiro:
- Melhor Sabor: Bar do Sidney
- Criatividade: Estação Parada do Cardoso
- Apresentação: Sheridan Restaurante
Melhores Drinks:
1 - Algo Mais
2 - Alibaba
3 - Babel
Agora vale a pena visitar cada restaurante para conhecer a sua culinária especial, e aguardar o 3º Festival do tropeiro Mineiro.























































































































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