Coberturas

No Centro de Arte Popular acontece a mostra temporária “Névoas de Ouro Preto”, participante da 6ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, que abriga as obras dos artistas do coletivo mineiro “6+1”.  

O evento, cuja abertura ocorreu no dia 14 de março e recebe visitação até 28 de abril, é ilustrado com 22 obras de histórias de três personagens reais que superaram decepções amorosas: Maria Dorothea (Marília de Dirceu), Dona Olympia e Guignard, moradores icônicos de Ouro Preto.

A partir da literatura, pesquisa bibliográfica e artes visuais, o “6+1” incentiva o observador a atualizar o passado, por meio do acréscimo do próprio ponto de vista ou pela experiência de identificação.

Criado em fevereiro de 2022, o “6+1” é composto por Ângela Costa, Fátima Mirandda, Letícia Pinto, Liliane Coelho, Mônica Batitucci, Regina Moraes e Marcos Esteves.

De acordo com a artista plástica e arquiteta Letícia Pinto a exposição engloba um projeto inicial do grupo 6 + 1, no qual é homenageado o escritor mineiro Paulo Mendes Campos, cronista e roteirista renomado nos anos 60 até 80.

“A exposição gira em torno de textos de Paulo Mendes Campos, especialmente a maravilhosa crônica existencialista “Para Maria da Graça”, que é uma carta que ele escreveu para uma menina que fez 15 anos. E um poema em prosa, “O Amor Acaba”, também maravilhoso. São os principais eixos da exposição”.

“Podemos definir essa mostra como o clube dos corações partidos, visto que ela conta, através de textos de Paulo Mendes Campos, a história de três pessoas que sofreram uma grande desilusão amorosa e viveram um amor platônico. Essas personalidades foram os moradores de Ouro Preto, Marília de Dirceu, a D. Olímpia e o conhecidíssimo pintor Guignard, que era apaixonado pela cidade, na qual passou os meses finais da sua vida”, salientou Letícia Pinto.

Ângela Costa, artista plástica, considerou: “O grupo 6 + 1 realizou um estudo durante mais de um ano, sob a coordenação de Letícia Pinto, a respeito de histórias de amores perdidos. São pessoas que não conseguiram ter o amor na vida, fato que origina solidão, tristeza e resulta em poesia. Cada um dos artistas desenvolveu um trabalho, eu fiz sobre Marília de Dirceu, uma mulher fortíssima. A retratei no meu diorama com a bandeira de Minas, porque ela também foi uma inconfidente junto com seu amado Dirceu, que foi extraditado para a África, onde casou com outra e a abandonou. A nossa exposição reuniu artistas que possuem vários estilos como a Letícia, uma pessoa ultra culta, que montou todo o esquema, fizemos as montagens, os quadros, os dioramas e as esculturas. O grupo é muito interessante, dessa forma, daremos continuidade aos nossos estudos e seguiremos aprendendo”.

“Névoas de Ouro Preto”
Visitação até 28/04/2024
Centro de Arte Popular Rua Gonçalves Dias, 1.608 - Lourdes - BH - MG
Informações- (31) 99160-1222
Funcionamento: Terça a sexta - de 12h às 18h30
Sábado, domingo e feriados - de 11h às 17h
Entrada gratuita