Coberturas

Na última quinta-feira, dia 29 de fevereiro, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, localizada no Palácio das Artes, foi palco de um evento cultural marcante: a abertura da exposição "A Paixão Segundo Guignard". O renomado curador Paulo Schimidt liderou a apresentação ao público, acompanhado por figuras de destaque como Lorena D'Arc, diretora da Escola Guignard, Lavínia Rosa Rodrigues, reitora da mesma instituição, Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, e Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado.

"A Paixão Segundo Guignard" é uma mostra que reúne aproximadamente 200 obras, destacando os primeiros anos do artista plástico Alberto da Veiga Guignard, sua contribuição para a criação do Instituto de Belas Artes e seu papel fundamental como educador. A exposição integra o projeto "80 e Sempre", que é uma série de eventos planejados ao longo do ano para comemorar o octogésimo aniversário da escola.

Guignard, figura central na história das artes plásticas brasileiras, foi comparado a grandes nomes como Toulouse-Lautrec. Assim como o pintor francês, Guignard enfrentou desafios físicos, nascendo com uma condição que causava deformidades faciais. No entanto, sua obra exala vitalidade e alegria, capturando a essência de sua época com maestria.

Era por meio de suas personalidades fictícias - como o fictício Dorian Gray, onde buscava ocultar suas misérias humanas, e Guignard e Toulouse-Lautrec que, mesmos “mutilados”, o fazia celebrar a vida através de suas obras, transformando suas próprias tragédias em beleza eterna - que Guignard esbanjava alegria e bom humor. Nascido em 23 de fevereiro de 1896, recebeu um presente notável em sua vida artística quando, em 29 de fevereiro de 1944, foi convidado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, para dirigir o Instituto de Belas Artes, um marco que ecoa até os dias de hoje.

A exposição "A Paixão Segundo Guignard" é uma homenagem não apenas ao legado artístico do mestre, mas também ao impacto duradouro que sua dedicação à arte teve na comunidade artística brasileira. Aberta ao público de 1º de março a 12 de maio, a mostra é uma oportunidade única para apreciar o legado artístico e educacional de Guignard, além de refletir sobre sua influência duradoura na história da arte brasileira.